Folha Seca 2.0

Uma cena portuguesa com a "Lambada" como pano de fundo? Apenas na TVI!

Um intro que apresenta um Lancia Stratos? TOP!

Marcelo liga para o programa das manhãs da SIC e as pessoas consideram afetuoso. Desta vez, o estilo descontraído foi levado ao extremo! O cargo do Presidente da República é algo que deve ser utilizado com cautela e com respeito e sentido de ocasião, não para banalizar desta forma...

Está de volta e admito que ainda fico colado à televisão, e hipnotizado com a música!

As raparigas usavam saltos altos.

Uma páscoa sem Bem-Hur não é uma páscoa!

A Expo'98 não foi o evento que mais me terá marcado, mas reconheço que foi uma abertura de mentalidade a vários níveis em Portugal. Desde a reabilitação urbanística até à necessidade de ter infraestruturas para o turismo, tudo é marcado pela Expo 98. Ainda hoje, sempre que ouço a música, a Pangeia,  é uma sensação estranha, de regresso ao passado. Ainda hoje fico chocado quando alguém da minha idade me diz que não foi à Expo, é uma sensação de perda. Aqui fica a abertura.  

Por todos os motivos e mais algum não poderia deixar de saudar mais um aniversário da RTP.   A RTP, e isto é um lugar comum, foi o berço de muito do nosso imaginário comum e muito do imaginário de cada um.   Foi com ela que vi os desenhos-animados que ainda hoje me fazem sorrir, desde a lendária Rua Sésamo ( o meu programa de sempre) até aos Transformers passando pelo Tom Sayer e por esse gigante esquecido, o Lecas!   José Jorge Duarte, um dia se te encontrar na rua vou deixar cair todo o "estar" e o miúdo de 5 anos que vive em mim vai-te dizer: Tu eras o Lecas!   Foi com ela que tomei a consciência política do mundo, desde os bombardeamentos no Iraque, passando pela Guerra da Bósnia até à queda do Muro de Berlim e à queda da União Soviética.   E se falarmos de desporto então o rol é quase infinito.   Desde a sagrada Fórmula 1 na hora do almoço de domingo, à derrota do Benfica em Parma para a Taça das Taças, pas...

Uma das mais comoventes histórias do futebol mundial.   Uma equipa que não ganha há décadas, que sofre do gozo de todos e entra sempre em campo com o espirito de honrar a camisola e o país que representam.   Retorno sempre às imortais palavras de Bill Shankley: "futebol não é uma questão de vida ou morte, é muito mais do que isso" e no caso de São Marino isso é bem verdade.      

 E hoje acabou por ser um dia diferente.  Por motivos que agora não importam escalpelizar, hoje recebi a coleção inteira dos livros da Rua Sésamo de 1998, cada um a custar 1995$00.  Foi imediato na minha cabeça o genérico da Rua Sésamo e voltei a ter 5 anos outra vez...  Existem coisas que nos marcam e a Rua Sésamo foi uma delas. 

Depois de ter visto uma reportagem das FP25 na RTP da altura, acho que as reportagens da CMTV são brincadeiras de criança. Desde filmar ostensivamente o corpo do morto ao plano do carreiro de sangue que vinha do corpo, nem em filmes de terror se veem coisas daquelas.

Não queria acreditar... A Sic Radical de uma das fontes de inspiração televisivas em Portugal tende cada vez mais a ser a televisão dos retalhos da Sic. Triste fim...

O mundial de andebol e a CAN não foram transmitidas em sinal aberto na TV portuguesa por motivos apenas eles próprios devem conhecer. Quando em Portugal existiam 4 canais até os Europeus de andebol e a fina da CAN se transmitiam, hoje com 150 canais não temos acesso a nada.

E quase como se nada se passa-se, houve história na televisão em Portugal. Depois da transmissão em sinal aberto da Assembleia da República TV temos a RTP 3 e a RTP Memória finalmente em canal aberto colocando a televisão gratuita em Portugal nos 7 canais. Quanto tempo faltará para termos um canal de música e de desporto em canal aberto ?

 E hoje mais um dos símbolos de um Portugal profundo acaba.  Camilo de Oliveira foi um símbolo de uma época e foi um dos grandes dominadores das audiências na última década, batendo o Herman, os Gatos Fedorento, tudo e mais qualquer coisa.  Como disse o Herman, com ele acaba uma época.

João Gobern dizia no domingo que não se poderia valorizar o Globo de Ouro a Jesus porque até Marco Paulo recebeu um. Concordo muitas vezes com Gobern mas desta vez estamos em desacordo.  Não sendo um fã de Marco Paulo e do seu estilo musical e de presença em palco respeito o homem e o ícone.  Marco Paulo é um ícone de um Portugal profundo, de um Portugal que existiu com muita força até aos anos 90 e que vêm saindo da sua profundidade e a entrar em contacto com o Portugal moderno, o Portugal tecnológico.  Julgar Marco Paulo é como julgar Dino Meira, é julgar as romarias da Senhora da Agonia, é julgar os programas de discos-pedidos, é julgar as donas-de-casa e as mulheres do campo, é julgar o assentador de taco de Genebra e o quinador de alumínios que vive em Bordéus.  Julgar Marco Paulo é julgar toda uma forma de vida e de estar à portuguesa.  Não compreender Marco Paulo é não compreender fenómenos sociais que não c...

Acreditem, andei anos à procura desta série e finalmente chegou o dia! Isto era muito bom!  

 Costumo dizer que a nossa débil sociedade se reflete, entre outras coisas, na pobre programação da televisão pública e na forma altamente generalista e redutora que os 4 canais tratam quem não têm televisão por cabo: novelas, programas a mostrar as pequenas cidades, programas da manhã e alguns concursos.  Olhando para a RTP Memória fica a ideia que hoje a RTP dos anos 60 e 70 seria um canal visto como cultural e algo snob onde passava teatro, música, humor, séries internacionais, novelas, programas de debate e de informação pública e desenhos animados.  As crianças não têm lugar na grelha dos canais generalistas. Mas não percebi qual o intuito de transmitir a missa papal em Cuba na tarde de domingo. Sei que a visita do papa Francisco têm uma elevada importância e que poderão advir novos desenvolvimentos nas relações EUA-Cuba, mas isso é um motivo para transmitir a missa? Penso que não. Percebia que transmitissem as sessões so...

 Sou um grande fã de Walking Dead e quando ouvi que iria haver uma série a contar os primeiros tempos da série original fiquei com alguma expectativa, mas foi algo gorada.  Fear The Walking Dead tenta pegar no ritmo da acção mas falta o principal, a veracidade.  O que faz de Walking Dead uma grande série é que tudo aquilo que vemos e que as personagens fazem é aquilo que qualquer um faria na mesma situação de sobrevivência.  Na nova série  peca pelas personagens já estarem em modo sobrevivência, deixando pessoas morrer à sua frente, já percebendo de antemão o que ai vêm.  

Uma das melhores frases de sempre: "dança voluptuosa das línguas"