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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2016

Austria, India e Brasil, o mesmo problema.

Existe algo que une a Áustria, Índia e Brasil: a boa imprensa. A Áustria vive num ambiente neo-nazi, com o rasgar de alguns acordos internacionais sobre os refugiados, com a extrema-direita a prometer protestos e atentados ao novo presidente e quase nada se passa. Os austríacos continuam a ser respeitáveis. Na Índia rara é a semana em que não se ouça que mais uma jovem foi violada por um grupo de anciões da sua aldeia como punição por ter olhado para um rapaz que não lhe estava prometido. Os indianos continuam a ser apresentados como um povo de espiritualidade elevada. Recentemente no Brasil tivemos os vídeos de uma violação em massa de uma jovem de 16 anos publicados pelos seus agressores. Nas reações tivemos algumas reportagens que demonstravam as manifestações do público feminino a exigir mais respeito mas também tivemos reações de pessoas a dizerem que as raparigas não deveriam andar tanto de mini-saia. Os brasileiros continuam a ser o povo do samba, futebol e praia.

João Gobern e Marco Paulo

João Gobern dizia no domingo que não se poderia valorizar o Globo de Ouro a Jesus porque até Marco Paulo recebeu um. Concordo muitas vezes com Gobern mas desta vez estamos em desacordo.  Não sendo um fã de Marco Paulo e do seu estilo musical e de presença em palco respeito o homem e o ícone.  Marco Paulo é um ícone de um Portugal profundo, de um Portugal que existiu com muita força até aos anos 90 e que vêm saindo da sua profundidade e a entrar em contacto com o Portugal moderno, o Portugal tecnológico.  Julgar Marco Paulo é como julgar Dino Meira, é julgar as romarias da Senhora da Agonia, é julgar os programas de discos-pedidos, é julgar as donas-de-casa e as mulheres do campo, é julgar o assentador de taco de Genebra e o quinador de alumínios que vive em Bordéus.  Julgar Marco Paulo é julgar toda uma forma de vida e de estar à portuguesa.  Não compreender Marco Paulo é não compreender fenómenos sociais que não chegam às ditas classes intelectuais que se mantêm no fundo

Captain Scarlet and the Mysterons

Acreditem, andei anos à procura desta série e finalmente chegou o dia! Isto era muito bom!  

Braga no desporto e no resto.

No mesmo fim-de-semana temos o ABC e o Braga a ganharem títulos em diversas modalidades. Isto demonstra claramente qual é a 3ª cidade de Portugal e do dinamismo que existe na cidade. Braga já dispõe de um dinamismo próprio e ganha uma nova realidade independente do Porto. Pena é que esse dinamismo não se estenda ao resto do distrito.

Corrida da Primavera 2016

Mais um ano, mais uma corrida da Primavera. A habitual boa organização, mas tenho de fazer aqui o reparo: o mapa continua a estar mal. Nada é mais agonizante do que nos apercebermos a meio da prova que o percurso não é aquele que estávamos à espera.

Benfica no ABC

 A essência do adepto é ser visitante e não visitado.  E quando esse apoio não é muito ainda mais a essência do adepto vêm ao de cima.  Este sábado acompanhei o Benfica na 2ª mão da final da Taça Challenge em andebol e mais uma vez senti essa essência do adepto.  Sei que o resultado não foi o mais favorável para os intentos do Benfica mas foi uma boa moldura humana dos benfiquistas que não têm dado a devida atenção a esta modalidade.    Fiquei estupefacto pelo facto de não estar a tarja de nenhuma das claques oficiais do Benfica.  Fica o link para o jogo completo: ABC - Benfica

Carl Cox, light

Parece uma contradição, mas é isto mesmo. Um Carl Cox light...  

Ucrânia e a Eurovisão.

E de repente a Eurovisão volta a ser importante. Nunca o deixou de ser, mas em Portugal temos a tendência de o menosprezar por não participarmos. Desta vez a Ucrânia concorre com uma música em Crimeico, a falar sobre invasões territoriais  russas e interpretado por uma jovem da Crimeia. Se isto não é uma canção com conteúdo político, o que será?

É o 35!

E foi assim, o 35! Um título que foi pelo Benfica e não contra ninguém. E é isto que nos diferencia... O Benfica existe por si mesmo, existe porque existem benfiquistas. Não embarcamos em regionalismos balofos, em guerras pela verdade que ninguém percebe o que é, porque quando os outros ganham nós não amuamos e nem fugimos. Foi um ano especial...

ADE campeão.

E finalmente aconteceu, vi a ADE a ganhar um título. Também já houve outros subidas, outros renascimentos, outros sonhos que depois se tornaram pesadelos, mas desta vez parece diferente. Desta vez o estádio já se enche mais e os adeptos da ADE são a maioria na casa dos adversários, as modalidades ressurgem, a instituição assume o seu papel de representante do concelho e da cidade.  Desta vez apenas não sobe mas como consolida.  E isso não é tão pouco quanto isso.

Dia da Vitória

E no dia 9 de Maio comemora-se o Dia da Vitória. Como habitual, isto passa ao lado de grande parte da comunicação social mas gosto sempre de relembrar. Um dos grandes momentos destas comemorações é a parada do Dia da Vitória. Um dia irei lá estar...  

Luca Schreiner - Missing feat. Kimberly Anne

Ai está, um bom remix do clássico.  

Tirana, da torreta à Juventus.

Aterrando em Tirana, a história recente e mais longínqua da Albânia entra-nos pelos olhos em quase tudo o que vemos. Como é apanágio dos Balcãs, aqui a História não é história mas sim uma forma de estar na vida.  A Albânia foi o mais isolado país do antigo bloco de leste e isso reflete-se.  Durante os anos 50 Enver Hoxha, o homem que liderou a Albânia durante 41 anos, corta relações com a Jugoslávia de Tito e nos anos 60 seguem-se a União Soviética e mais tarde a China, isolando por completo o país por mais de 30 anos, algo que ainda hoje deixa marcas visíveis no mesmo.    Desengane-se quem pensa que se encontra sinais do período do comunismo. Enver Hoxha deixou uma marca de quase ódio na sociedade e hoje é quase impossível encontrar sinais do seu legado, ao contrário do que vi em Belgrado.    Este isolamento deu lugar a um síndrome de exaltamento nacionalista e o regresso de velhos fantasmas resultando entre outras coisas na proibição por completo de qualquer ati

ADE no Pró-Nacional

Finalmente a luz ao fundo do túnel! A ADE deixa a Divisão de Honra e voltará a disputar o lugar de melhor equipa do concelho no próximo ano e isso é um primeiro passo. Pensar na subida do Pró-nacional ao CNS seria no mínimo suicida já que na minha opinião esta divisão é na verdade 2 divisões em separado, as equipas que estariam na antiga 3ª Divisão e as equipas que estariam no distrital. Temos de dar lugar aos jovens dos juniores e acima de tudo, e aqui veremos a maturidade da organização, pensar em fazer algumas receitas vendendo alguns jogadores para as divisões acima e assim termos um incremento orçamental. Gostaria que o objetivo desta época fosse algo muito simples: ir a uma competição nacional em 2017/2018, voltar à Taça de Portugal.  

Nem pró, nem anti-Uber

Numa altura em que muito se discute a questão do Uber, penso que seja preciso serenar os ânimos e convergir as duas realidades oponentes, os taxistas e a Uber.   A Uber não é o problema, é uma plataforma que torna visível um outro problema maior, o informalismo nas diferentes atividades económicas, tal como o AirBnb no caso do arrendamento de casas para férias.   Se por um lado os taxistas vão ter de evoluir para um mundo mais digital e para um mercado mais rápido e mais dinâmico, também os transportes da Uber vão ter de passar a ter as mesmas licenças dos táxis e a contribuir para a sociedade, impostos.   Não aceito o argumento dos taxistas que dizem que os transportes da Uber devem acabar porque sim mas também não posso aceitar o argumento de que a Uber é a nova economia de partilha.   Transportes rodoviários baratos e desregulamentados é uma das principais características do sub-desenvolvimento.