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Músicas do ano 2017.

2017 já acabou e é sempre com alguma alegria que coloca as melhores músicas do ano que acabou.

Como habitual separo as canções em 2 grandes categorias, pop e dance, e atuais e nostalgia, ou as músicas que já tenham sido editadas e apenas as conheci este ano.


- Melhor música 2017 internacional, Despacito de Luis Fonsi e Daddy Yankee. 

 Despacito chegou e venceu e ouviu-se em todo o lado! Despacito foi uma pedrada no charco daqueles que bradam contra o monopólio do inglês na música mundial e que se não for nesta língua nada se consegue. Penso que o facto de uma música totalmente falada em espanhol ser ouvida nos países anglo-saxónicos, eslavos, asiáticos deve-nos fazer que afinal aquilo que Salvador Sobral defendia é verdade: a música têm de mexer com as pessoas. E com Despacito é impossível não fazer 2 passos de dança e isso é universal.



- Melhor música 2017 nacional, Amar pelos dois de Salvador Sobral:
 
 Esta era mais do que evidente.
 
 Nem 24 horas depois de Portugal ter ganho o Europeu de futebol escrevia neste blogue que mais épico do que isso seria vencer o Eurovisão da Canção e todos sabemos o que aconteceu...

 Salvador Sobral, tal como Luis Fonsi com o seu Despacito, colocou novos problemas a quem se segue já que neste momento a questão linguística foi derrubada e ficou demonstrado que quando a música toca as pessoas a linguagem é universal, quase como a matemática.
 Podem dizer que a mesma receita não poderá ser utilizada 2 vezes, mas para isso existe a imaginação e teremos que perceber como levar a nossa mensagem a quem não nos entende.



- Melhor música dance 2017, Viento de Ginaluca Vacchi :
 
Admito que tive dúvidas entre esta e a This Girl dos Kungs, mas dou sempre a preferência às músicas editadas no ano e em ano de música latina, completa-se o triplete com este Viento.
 
Mais um ano de reafirmação da recuperação da música de dança e este ano foi especialmente rico em músicas cantadas em espanhol e português com sotaque do Brasil, algo que poderá ser um caminho de recuperação sólido para este género musical.

Viento têm um bom ritmo, uma batida forte, uma voz que se adequa a tudo o resto e o sucesso é garantido. Evitável, não só neste vídeo, é a quase omni-presência de jovens de cabelos longos em festas de bikini num qualquer iate nos videoclips da música de dança. Está na hora de termos novamente videoclips com conteúdo e história.
 


- Melhor música nostalgia 2017 internacional, In the air tonight de Phil Collins:
 
Não sou um grande fã de Phil Collins mas o principal motivo que me fez tomar esta decisião têm um nome : Miami!

Comecei o ano a ver os vídeos desta música que foram feitos para o episódio piloto de Miami Vice e um dia acabei por ser eu a percorrer as ruas de Miami no meu descapotável a ouvi-la no rádio.

O que posso dizer? Ajusta-se que nem uma luva à cidade.
 



- Melhor música nostalgia 2017 nacional, Só eu te posso ajudar de Miguel Ângelo:
 
Sou daqueles que gosta de Delfins, não preciso de os renegar porque não cresci no final dos anos 80 e ter de mostrar que não era como toda a gente.

Desculpem esta descarga, mas é este o síndrome em 85% das pessoas que criticam Delfins.

 Esta é uma daquelas músicas que ficou incrustada algures na minha memória, que ficou lá atrás no baú e que de repente quando a revisitamos traz-nos à memória lugares, pessoas, relações, hábitos, dinâmicas que hoje não são um fantasma mas sim um conto de fadas porque parecer difícil que alguma vez tenham existido. O que esta música me traz à memória instantaneamente? Eu a lavar pratos mas também me traz tudo aquilo que estava à volta naquela cozinha e tudo o que se passava e tudo o que se viria a passar e onde hoje todos estamos.
 
 Como alguém me disse um dia, é na cozinha de uma casa que a vida se passa e neste caso isso é muito verdade.  Pensando em tudo isso, sinto-me tentado a dizer que fui feliz e não sabia mas não o farei.

A vida me trará algo mais, tenho a certeza.




- Melhor música nostalgia 2017 dance, Vamos a la playa de Righiera:

 As categorias nostalgia são sempre um exercício mais pessoal do que as categorias contemporâneas. Os Righiera ficarão para sempre na minha memória como a música que ouvi vezes sem conta antes da minha 1ª maratona internacional, e poderão me perguntar "porquê?" e a respostas terá de ser "Porque sim.". A música que nos marcam são sempre feitas de momentos e naquele momento esta era a música que estava e que ficou pelo resto do ano sempre a recordar-me aquele momento em que a meta estava apenas a 100 metros.


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