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Incêndios, prognósticos depois do jogo.

Há 1 semana atrás via um episódio do TV Rural e já em 1987 o cenário era sempre o mesmo.

30 anos depois ainda não temos uma boa resposta. 

Um dia teremos de nos aperceber o que queremos como sociedade para um bem comum, que não pode ser deixado ao critério de cada um e que vai obrigar a esforços. 

Vai obrigar a meios, pessoas e legislação, vai obrigar a despender dinheiro numa força que muitas vezes não vai ser visível e não vivermos em modo "salvação nacional" e "luta pela vida" sempre que o termómetro passa os 30ºC.

Mas mais duro do que isso, vai obrigar-nos a ver como sociedade o que é Portugal, sim, Portugal e não o Portugal do turismo e das start-ups que hoje nos entra todos os dias pela casa dentro através dos noticiários.

Idosos com corpos moídos de anos de trabalho na lavoura a combater incêndios com uma mangueira de plástico ou com um balde de 20 litros carregados com água do poço é Portugal.

Domésticas que saem de casa com o avental vestido para protegerem a roupa enquanto se atiram com enxadas e foices para roçar erva à volta da casa quando o fogo já está perto, isso também é Portugal.

Agricultores com os seus tractores e com as suas alfaias a fazerem um combate ao fogo algures numa qualquer aldeia do interior em modo kamikaze claramente é Portugal.

A aldeia de 70 habitantes maioritariamente idosos que tocou o sino da capela a rebate para alertar os habitantes que o fogo vinha ai, isto meus amigos, é "o" Portugal. 

Desengane-se quem achar o contrário.

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