Os pais de Andreas Lubitz, o co-piloto da GermanWings que provocou o acidente, escreveram um louvor à cidade onde moram e aos seus vizinhos e deixaram elogios ao seu filho, apelidando-o “amoroso” e “de valor".
Isto levantou um coro de críticas, indignação, repúdio por parte dos familiares das vítimas.
Percebo-as...
Mas percebo também que Andreas era o filho de sua mãe, era o menino dos seus pais, era o filho que eles tiveram e que têm nas fotos em sua casa.
Andreas fez algo de profundamente errado, monstruoso até, mas isso não infere sobre aquilo que ele era para os seus pais, familiares e amigos.
Andreas provocou sofrimento e desgosto a muitas mais famílias, mas para os seus pais ele era o seu filhote, o seu menino.
Estranho, e fico em pânico, quando vejo que as pessoas querem que a imagem que temos uns dos outros devam ser reescritas conforme as narrativas.
Que Andreas foi um homicida não tenho dúvidas, mas antes foi uma pessoa, um cidadão, um filho e um amigo, foi uma pessoa e isso nunca nos devemos esquecer, porque quando deixarmos de nos tratar como pessoas mais Andreas surgirão.
Deixo as imortais palavras de Fernando Pessoa:
Isto levantou um coro de críticas, indignação, repúdio por parte dos familiares das vítimas.
Percebo-as...
Mas percebo também que Andreas era o filho de sua mãe, era o menino dos seus pais, era o filho que eles tiveram e que têm nas fotos em sua casa.
Andreas fez algo de profundamente errado, monstruoso até, mas isso não infere sobre aquilo que ele era para os seus pais, familiares e amigos.
Andreas provocou sofrimento e desgosto a muitas mais famílias, mas para os seus pais ele era o seu filhote, o seu menino.
Estranho, e fico em pânico, quando vejo que as pessoas querem que a imagem que temos uns dos outros devam ser reescritas conforme as narrativas.
Que Andreas foi um homicida não tenho dúvidas, mas antes foi uma pessoa, um cidadão, um filho e um amigo, foi uma pessoa e isso nunca nos devemos esquecer, porque quando deixarmos de nos tratar como pessoas mais Andreas surgirão.
Deixo as imortais palavras de Fernando Pessoa:
Lá longe, em casa, há a prece:
«Que volte cedo, e bem!»
(Malhas que o império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe
«Que volte cedo, e bem!»
(Malhas que o império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe
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