Passou esta semana quase 10 anos do início de Erasmus.
Digo aquilo que quase todos os que participaram neste programa dirão: existe um "antes" e um "depois".
Desde as pessoas que fomos encontrando pelo caminho, passando pelas novas experiências em termos de viver numa nova cidade, uma nova língua, novos hábitos e no final perceber que não existe tanta coisa assim que nos separa mas existem diferenças quase intransponíveis.
Aprendi que quando vivendo uma realidade que se vai acabar num momento conhecido é mais importante viver as pessoas que lá estão e provavelmente nunca mais as veremos do que seguir os nossos desejos, aprendi que apenas tendo a capacidade de interagir e de criar laços de amizade com os outros é que avançamos.
Viver com um senhor de 63 anos que trabalhava numa sex-shop é algo que me ensinou a criar pontos de contacto entre pessoas.
Permitiu-me perceber que os fantasmas que existiam na minha cabeça eram mesmo isso apenas fantasmas, permitiu-me perceber que algumas das minhas certezas que pareciam desajustadas da nossa realidade eram mesmo certezas.
Foi por ela que percebi que quanto mais conhecia uma nova cultura mais dava valor à cultura portuguesa, quanto mais conhecia as pessoas que iam e vinham mais dava valor a quem conhecia.
A cidade em si permitiu-me entrar em contacto com pessoas que só tinha visto na televisão e conhecia dos jornais, fazendo uma clara diferença entre o que deve ser próximo e o que deve ser distante e do que é verdadeiramente exclusivo e digno do nosso trabalho e do que é apenas supérfluo e pretensioso.
Um dia dei por mim na melhor discoteca da cidade a falar com o ponta-de-lança da selecção brasileira de então e um dos monstros sagrados da música italiana sobre a música que passavam na Radio Itália.
Descobri que era uma pessoa pouco "urbana" mas sim "cosmopolita".
Não sei onde hoje estaria se não tivesse tido esta experiência mas certamente hoje seria um homem diferente.
Digo aquilo que quase todos os que participaram neste programa dirão: existe um "antes" e um "depois".
Desde as pessoas que fomos encontrando pelo caminho, passando pelas novas experiências em termos de viver numa nova cidade, uma nova língua, novos hábitos e no final perceber que não existe tanta coisa assim que nos separa mas existem diferenças quase intransponíveis.
Aprendi que quando vivendo uma realidade que se vai acabar num momento conhecido é mais importante viver as pessoas que lá estão e provavelmente nunca mais as veremos do que seguir os nossos desejos, aprendi que apenas tendo a capacidade de interagir e de criar laços de amizade com os outros é que avançamos.
Viver com um senhor de 63 anos que trabalhava numa sex-shop é algo que me ensinou a criar pontos de contacto entre pessoas.
Permitiu-me perceber que os fantasmas que existiam na minha cabeça eram mesmo isso apenas fantasmas, permitiu-me perceber que algumas das minhas certezas que pareciam desajustadas da nossa realidade eram mesmo certezas.
Foi por ela que percebi que quanto mais conhecia uma nova cultura mais dava valor à cultura portuguesa, quanto mais conhecia as pessoas que iam e vinham mais dava valor a quem conhecia.
A cidade em si permitiu-me entrar em contacto com pessoas que só tinha visto na televisão e conhecia dos jornais, fazendo uma clara diferença entre o que deve ser próximo e o que deve ser distante e do que é verdadeiramente exclusivo e digno do nosso trabalho e do que é apenas supérfluo e pretensioso.
Um dia dei por mim na melhor discoteca da cidade a falar com o ponta-de-lança da selecção brasileira de então e um dos monstros sagrados da música italiana sobre a música que passavam na Radio Itália.
Descobri que era uma pessoa pouco "urbana" mas sim "cosmopolita".
Não sei onde hoje estaria se não tivesse tido esta experiência mas certamente hoje seria um homem diferente.
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