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Istambul 2013!

Muitas dúvidas pulpitavam na minha cabeça à partida para esta viagem, como seria a maior cidade da Europa? Como seria uma das novas capitais económicas da Europa? Como seria o ambiente de um país que se encontra num fino equilíbrio entre o laicismo e o islamismo? 

Não falo aqui dos monumentos, já que com uma pesquisa no Google ficam a perceber muito melhor a grandiosidade das mesquitas e dos palácios dos sultões.

Primeira nota vai para a Turkish Airlines que me surpreendeu com a qualidade do serviço e com a qualidade dos aviões, a ser colocada no topo da minha lista, ultrapassando British Airlines e Lufthansa. O percurso da viagem também merce referência com passagem aérea por Salónica, Tirana, Nápoles, Salerno, Sardenha, Ibiza!
A cidade em si é imensa e está disposta por diversas colinas, o que permite e obriga à existência de funiculares de serviço e reduz a existência de linhas de metro, com sistema de metro mais diminutos que os que encontramos em Portugal. Como seria de esperar de um país islâmico, o comércio é abundante e o Grande Bazar demonstrar isso mesmo, com um labiríntico circuito de pequenas lojas a vender todo o tipo de souvenirs para turistas e capaz de fazer enlouquecer qualquer um, mas também o Bazar das especiarias é altamente apelativo para quem queira comprar todo o tipo de condimentos.

  Mas não só  nestes espaços as ruas eram labirínticas, mas sim em toda a cidade, com uma malha urbana nascida da vontade de quem construía o que permitia nunca dar uma sensação de grande cidade a uma cidade como estas, mas que apesar de labirínticas os taxistas as faziam parecer como autênticos circuitos, com  uma quase mortal velocidade a conduzirem.
  Nestas ruas passavam também os exemplares do que é a Turquia moderna, com as burcas e os véus islâmicos a colidirem com os mais modernos vestidos de corte francês ou italiano, tendo pessoalmente ficado surpreendido com a liberdade que as mulheres de burca tinham, desfazendo aquela ideia do "passo atrás do marido" e de que as demonstrações de afeto eram algo proibido.
  Mas em termos de modernidade, nada como falar da zona financeira, com os seus arranhas-céus, no topo de um das colinas a terem um ar de "Castelo do Drácula", a despontarem e a demonstrarem que a economia turca será um influente membro na zona europeia e que já vêm sendo demonstrado pelas sucessivas candidaturas da Turquia a tudo o que seja grande evento, comercial ou desportivo, como os Jogos Olímpicos, Campeonatos da Europa e do Mundo de várias modalidades, Exposições mundiais, e muito mais.  Aqui se viu, na minha opinião, a maior equidade entre homens e mulheres, e também se viu as únicas "bombas" automobilísticas da cidade, já que com um litro de gasolina a custar algo próximo dos 2€/lt e com carros a serem taxados agressivamente para impedir as importações, torna o automóvel algo luxuoso.
  E sim, existe álcool à venda em muitos dos locais, com a Effes a ser a marca de eleição em termos de cerveja, parecendo mesmo ter o monopólio das cervejas.

 Também a política é algo controverso e estranho na Turquia, com manifestações de apoio à Irmandade Muçulmana no Egipto a descambarem em violência, estive por acidente numa delas e parecia que estava numa reportagem da Al-jazera, e com empregados de restaurantes e cafés a terem pudor e algum temor em falar da sua situação política, sendo recorrente ouvir a frase "Não somos totalmente livres". Falando de política não posso deixar passar a minha visita à praça Taksim  e o Gezy Park, onde ainda restavam as pedras e os paralelos arrancados aquando das manifestações, com os prédios ainda a mostrarem as mazelas dos confrontos e com uma presença policial pronta para o controlo de motins. Sinceramente esperava que Gezy Park fosse algo imponente, mas não, nada mais do que um simples parque, mas isso ainda revela ainda mais a politização das manifestações.

  Notas para as excelentes frutas que lá se comiam, para o calor e para a humidade que fez com que Istambul me fique associado como a mais terrível corrida que já tenha feito na minha vida, e foi às 8:00 da manhã e para a presença russa no bairro do meu hotel, bairro conhecido como "Little Moscow" onde as línguas francas eram o Turco e o Russo, existindo bares de karaokes apenas em cirílico.


Resumindo, para visitar aconselho vivamente.


 

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