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A Queima e o Zico e a fossa ideológica.

Faz-me confusão o menosprezar da vida humana com esta facilidade.

 A "Queima", na opinião de muitos, não deve ser interrompida por razões económicas e pela velha máxima de que o "espectáculo deve continuar, sempre!", que a festa académica não deveria ser parada e que isso seria dar a vitória aos assaltantes, como se quem fez tal crime estivesse interessado em beliscar o evento.

 Penso agora no que será necessário para interromper a "Queima", um atentado? Um massacre?

 O mais triste é que esta atitude não me surpreende de nenhuma maneira, visto que depois do movimento "pró-Zico", poucas provas precisamos de que a vida humana em Portugal deixou de ter importância, deixou de contar e nada pode condicionar nada, como se tivessemos de viver num mar calmo onde tudo é relativizado e banalizado, um cão não pode ser abatido só porque matou uma criança e uma festa não pode ser interrompida só porque morreu uma pessoa.

Como dizia Sérgio Godinho, a vida é feita de pequenos "nadas", em Portugal a vida começa a ser feita de pequenos "sós".

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