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Novembro...

  Não te tenho, não te vou ter, não te terei, o que importa o resto?

  Anseio pelo dia em que sinta novamente os teus dedos a percorrer a minha pele como uma bênção dos céus que percorre o meu corpo e me eleva ao firmamento de uma existência finalmente interessante, anseio pelo dia em que o cheiro dos teus cabelos me leve novamente a crer que afinal o fel da vida ainda vêm longe e que a tua voz nada mais é que o mel mais puro.

 Não quero saber da loucura do que penso, se a felicidade existe ela está nos devaneios da minha imaginação mas que mais posso pedir do que te têr em pensamento?
 Não sou digno de te ter, não sou digno da tua atenção, sou nada mais do que uma escória que se arrasta neste vale de desencontros a que chamamos vida e a essa condição me rendo como um exército vencido em sangrenta batalha, retiro-me como um inválido que apenas busca a cura para as suas feridas...

 Gostava de amaldiçoar o dia em que te conheci, gostava de diabolizar tudo o que te conheci, gostava de poder andar nestes dias de marasmo como se o mundo acabasse onde os meus olhos morrem e me dedicar aos que conheço como se ninguèm houvesse para além de mar. Gostava, mas não posso...

 Se isto é loucura, se isto é a desulação,se isto é a perdição, se isto é a morte então quero morrer a não ter de ter tudo isto!

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