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Ódio de mim mesmo!

 E é em dias como hoje que o ódio me corre como sangue...

 Continuo a não passar do miúdo assustado que sempre fui, com medo das sombras e dos monstros que se escondem atrás das cortinas de fumo com que me deparo...

 Se hoje fosse um ditador muitas casas veriam a sua paz estilhaçada como o vento que leva a teia-de-aranha para lhes passar o meu rancor e o ódio delas por apenas existirem...

 A alegria de viver e a felicidade são tão estranhas como a àgua para o deserto que apenas vê a estéril areia a mudar de lugar...

 Sempre pedindo atenção como um vagabundo que pede pão a quem passa, arrasto-me na lama até às portas de quem sei que já nada me dará, na sina de quem merece a sorte a que ele próprio se remete.

 Incapaz de aceitar uma derrota olímpicamente, apenas o ódio me faz viver, apenas o desejo de destruição e de aniquilação me fazem sentir contente, apenas a dor me conforta e o necrófilo desejo de possuir quem não consigo me alimenta a paixão....

 Incapaz de amar e impossível de ser amado,sempre secundarizado como um peão no xadrez da vida dos demais,percorro os caminhos trilhados com a exaustão de quem já percorreu os sete mares porque deles nada se espera.

  A solidão é a arma para esconder a mediocridade que alimenta o ego, a solidão é o credo para quem persegue desesperadamente o seu unicórnio.


AMEM-ME !!!

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