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Estradas, estradas....

Olho para a estrada em frente e nada mais para mim existe. Tal como este carro em que me encontro e onde nada mais consigo ver alêm daquilo que é iluminado pelos faróis, tambêm tu me tapas a visão do que está mais alêm, daquilo que realmente importa. Fico cego como os pássaros que perdem o norte quando a noite cai, fazes-me andar nesta estrada sen fin, calcorreando alcatrão em busca do nada.
Passo por casas, por aldeias, por calmas vilas e penso que segredos elas contêm, que amores e ódios já eclodiram e se revelerão! Como eu gostava de ser assim, passar pelos problemas e não lhes ligar como faço com estas casas e vilas que para nada mais são o retrato da nossa condição.

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