Folha Seca 2.0

 Mas que clássico!  Isto faz-me lembrar uma pessoa em especial...  Não, não é isso que estão a pensar, se contasse tinha 1 processo por difamação pública e atentado ao bom nome.  

Isto é antologia pura da música de dança electrónica!  

E porque ontem passaram 800 anos do nascimento do Português como língua, segue uma das mias belas criações na nossa língua: O Mostrengo O mostrengo que está no fim do mar Na noite de breu ergueu-se a voar; A roda da nau voou três vezes, Voou três vezes a chiar, E disse: «Quem é que ousou entrar Nas minhas cavernas que não desvendo, Meus tectos negros do fim do mundo?» E o homem do leme disse, tremendo: «El-Rei D. João Segundo!» «De quem são as velas onde me roço? De quem as quilhas que vejo e ouço?» Disse o mostrengo, e rodou três vezes, Três vezes rodou imundo e grosso. «Quem vem poder o que só eu posso, Que moro onde nunca ninguém me visse E escorro os medos do mar sem fundo?» E o homem do leme tremeu, e disse: «El-Rei D. João Segundo!» Três vezes do leme as mãos ergueu, Três vezes ao leme as reprendeu, E disse no fim de tremer três vezes: «Aqui ao leme sou mais do que eu: Sou um povo que quer o mar que é teu; E mais que o mostren...

Será que para ser feliz, o que quer que isso seja, terei de ser uma célula assepticamente separada de todo o restante mundo?  Será que tenho que ser um ermita na montanha, porque todos os divertimentos externos são um sinal de menoridade intelectual?  Estou farto da indústria da felicidade!

Isto é um grande som!   A uma dada altura da minha ainda curta vida esta música teve um grande significado, como se de uma força reanimadora se tratasse.   Sempre que a ouço lembro-me da ansiedade que nesses dias vivia, com o nervoso da espera e o desejo do que ai vinha.   Porque aqueles que são nostálgicos podem dizer que ao menos algum dia viveram, enquanto os outros...

Mas que bela recordação!  

É sempre minha!