Será ansiedade? Será querer ser aquilo que os outros querem ser? Será ser pouco auto-confiante? Será ser problemático? Ás vezes a raiva tolhe-me o julgamento e apenas quero sangue e mais sangue e não me importo com o que os outros pensam, raros momentos de pura independência que eu gosto como quem aprecia o fruto proibido. Gostava de não poder pensar em nada por momentos, estar de bem com tudo e com todos, principalmente os que me rodeiam, gostava de poder dizer que tudo está bem e que nada me preocupa e que deveria viver feliz com aquilo que tenho e que está à minha frente, mas não. Batalho para colocar a minha mente em ponto morto, mas afinal não consigo, felizmente ou infelizmente porque gostava de ser dos que passeiam calmamente junto ao rio apreciando simplesmente o sol e a natureza, mas não. Não sei quando esta sede de algo vai parar, se é que algum dia vai parar, como não sei onde me vai levar. Tal como escreveu José Régio, "não me digam, vêm por aqui".